Metodologia Nine Box: indo além na avaliação de desempenho do SGQ!

Metodologia Nine Box: indo além na avaliação de desempenho do SGQ!
A metodologia Nine Box não é, necessariamente, uma ferramenta de avaliação do desempenho global de um Sistema de Gestão da Qualidade (SGQ). Pelo contrário, ela é atualmente utilizada muito mais no âmbito da gestão de pessoas e da avaliação individual de colaboradores.
Entretanto, enquanto eu lia sobre a técnica para escrever este artigo, acabei entendendo que ela pode ir muito além. Mesmo porque todos sabemos que a avaliação de desempenho é parte fundamental da ISO 9001. Sem avaliar o SGQ, sem medir, não conseguimos gerenciar ou melhorar.
Aliás, aplicar esse tipo de avaliação em um SGQ requer adaptação e resiliência, mas há alguns conceitos que podem nos trazer grandes insights. Assim, no artigo de hoje, pretendo explicar como a metodologia Nine Box funciona e, ao final, fazer algumas considerações sobre a gestão da qualidade. Então, fica comigo e vamos lá!
O que é a metodologia Nine Box?
A metodologia Nine Box (também chamada Matriz 9 Box) não é necessariamente nova. Afinal, a ferramenta foi criada pelo famoso professor e consultor Robert E. Kaplan (um dos criadores do BSC) lá no longínquo 1970! Na época, a técnica nasceu para analisar o desempenho e potencial de unidades de negócio da General Electric (GE).
Com o tempo, a ferramenta se popularizou e acabou sendo adotada (e adaptada) na gestão de pessoas. Hoje, ela é bastante utilizada para descobrir lideranças em potencial, para planejar sucessões e tomar decisões diversas sobre desenvolvimento de carreiras e promoções.
Um dos diferenciais da metodologia Nine Box está justamente no cruzamento dos fatores avaliados. Nela, além de analisarmos o desempenho de um colaborador, buscamos também avaliar o potencial que ele tem. Dessa forma, avaliamos o presente e passado (desempenho), mas também projetamos o futuro (potencial). E isso é bastante interessante por diversos pontos de vista!
Como funciona a metodologia Nine Box?
A metodologia Nine Box é relativamente simples e pode ser aplicada sem grandes dificuldades técnicas. Na prática, ela utiliza 9 caixas organizadas em uma grade de 3×3, cuja organização é feita sobre um plano cartesiano X e Y.
Na horizontal (eixo X), temos desempenho, enquanto na vertical (eixo Y), teremos o potencial. Em ambas as direções, avaliaremos o colaborador posicionando-o em 3 níveis, que podem ser “Baixo”, “Médio” e “Alto”, por exemplo. Juntando tudo, temos 9 quadrantes que ajudam a compreender e estimar melhor as capacidades de cada colaborador.

Outro fator interessante é que, geralmente, o eixo X Desempenho é, normalmente, avaliado pelos resultados entregues, tais como o cumprimento de metas ou a qualidade do trabalho.
Já o eixo Y Potencial está mais normalmente ligado à capacidade de assumir funções mais complexas, aprender rápido, liderar, inovar e por aí vai!
Dessa forma, cada colaborador pode ser posicionado em um dos 9 quadrantes. Um determinado colaborador, por exemplo, pode ter baixo desempenho, porém possuir um alto potencial. Isso não só facilita a tomada de decisão como também o apoio às equipes tanto no coletivo quanto no individual.
Os 9 quadrantes da metodologia Nine Box
Ao fazer os cruzamentos entre potencial e desempenho, chegamos a vários perfis de colaborador. Abaixo, falarei um pouco sobre cada um deles. Vejamos:
- Enigma (Potencial Alto / Desempenho Baixo): esse colaborador possui grande capacidade e perfil para crescer, entretanto, no momento da avaliação, entrega pouco. Isso pode ser falta de motivação, adaptação ou alinhamento de função;
- Forte desempenho (Potencial Alto / Desempenho Médio): entrega resultados acima da média e tem potencial elevado. Com desenvolvimento certo, pode se tornar um talento estratégico;
- Alto potencial (Potencial Alto / Desempenho Alto): o famoso “profissional completo”, entrega muito e tem perfil para assumir posições de maior responsabilidade;
- Questionável (Potencial Médio / Desempenho Baixo): baixa entrega e potencial limitado. Aqui, talvez seja interessante uma análise para readequação ou desenvolvimento pontual;
- Mantenedor (Potencial Médio / Desempenho Médio): o tipo de profissional estável e confiável, que mantém resultados consistentes, mas não tende a grandes evoluções;
- Forte desempenho (Potencial Médio / Desempenho Alto): pessoa que entrega resultados excelentes e constantes, ótimo para o papel atual, mesmo sem expectativa de grandes avanços;
- Insuficiente (Potencial Baixo / Desempenho Baixo): com desempenho e capacidade de evolução baixos, esse é o tipo de profissional que exige realocação ou desligamento (#Complicado);
- Eficaz (Potencial Baixo / Desempenho Médio): colaborador que cumpre o necessário e mantém a operação estável, mas sem perfil para desafios maiores;
- Comprometido (Potencial Baixo / Desempenho Alto): muito bom e dedicado no que faz, mas não indicado para assumir funções mais complexas. O tipo de colaborador ideal para funções técnicas chave.
Observação Pessoal: eu, particularmente, não gosto muito desse tipo de avaliação, ela meio que limita as pessoas a “isso” ou “aquilo”. Na grande maioria das vezes, ninguém é “Forte desempenho” ou “Insuficiente”, as pessoas são organismos vivos que mudam e se adequam. Enfim, continuemos! 😉
Qual é o potencial do seu SGQ? 🤔
Apesar da minha ressalva final no último tópico, achei interessante conhecer a metodologia Nine Box. Gosto da dinâmica de pensar no futuro, buscar potencial nas coisas e entender o que pode melhorar, o que pode ir além. E isso me despertou certa atenção!
Afinal, é infelizmente um tanto comum as pessoas não verem potencial no SGQ. Quantas vezes não precisamos nos desdobrar em mil para conseguir recursos ou convencer as pessoas. Porém, em outras, nos apegamos muito a processos e práticas, digamos, insuficientes ou questionáveis. Sabe aquele procedimento homérico que poderia ser uma IT bem ajustadinha? Ou então aquelas reuniões intermináveis que poderiam ser um e-mail?
A questão, para mim, é: a avaliação de desempenho que a ISO 9001 propõe, e nós precisamos fazer, precisa ir além! Ela tem que avaliar desempenho e potencial, focando não só no passado, mas no futuro também! Dessa forma, uma avaliação do SGQ focada nos aspectos da metodologia Nine Box pode vir a calhar! Somente assim podemos desenvolver nosso mais Alto Potencial! 👊🏻😉
8Quali: desempenho e potencial caminhando juntos
Na metodologia Nine Box, não basta ter desempenho, é preciso ter potencial para ir além! E isso também vale para o seu SGQ, certo? Então, me diz: de que adianta processos funcionando no limite se não há visão de futuro? Ou, ao contrário, ter boas ideias de melhoria sem a base sólida para executá-las?
Com o 8Quali, você une os dois mundos: garante a performance diária do seu sistema de gestão e, ao mesmo tempo, constrói a base para explorar todo o potencial da sua Qualidade. É gestão inteligente, métricas na mão e processos sob controle!
Afinal, minha gente, desempenho sem potencial é estagnação. Potencial sem desempenho é só promessa. Mas os dois juntos? É qualidade no seu nível máximo!! Então clique no botão abaixo e entre em contato conosco: