Não é segredo que as organizações têm buscado cada vez mais a competitividade e que o planejamento estratégico se tornou um tema muito comum nas empresas. Mas afinal, o que é o planejamento estratégico? Como surgiu? Como aplicá-lo nas empresas?

Vamos começar com o conceito e com a origem de estratégia. O conceito de estratégia tem origem militar e está relacionado em sua maior parte à guerra. Para uns, a estratégia é a arte de planejar e colocar o plano em ação, com o objetivo de alcançar uma posição potencial e favorável em relação ao oponente. Para outros, a estratégia é o meio pelo qual se conquista o poder, e com esse poder, seria possível conseguir tudo.

Sendo assim, a estratégia pode ser entendida como a análise da situação presente e a sua mudança quando necessário, voltando-se para a vantagem competitiva.

Agora que já entendemos o que é a estratégia, podemos dizer que o planejamento estratégico é a operacionalização da estratégia, através de um conjunto de atividades sistematizadas que buscam melhorar as estruturas, o processo e a cultura organizacional.

Agora que sabemos todos os conceitos, como podemos aplicar estes conceitos na prática e tornar o planejamento estratégico real na organização? Podemos operacionalizar o planejamento estratégico em 04 (quatro) fases.
Vamos conhecê-las e ver como elas podem ser aplicadas?

1. Construir uma identidade organizacional

A definição da identidade organizacional está voltada para três aspectos muitos importantes, que são a missão, a visão e os valores organizacionais.

Primordialmente, é necessário que a organização saiba muito bem que ela é e onde ela quer chegar, sendo estas as diretrizes organizacionais, formadas pela missão, visão e valores da empresa.

A missão da empresa consiste na razão de ser da empresa, o porquê ela existe e como isso influencia nos clientes e no mercado, e pode ser compreendida como a personalidade da empresa e sua razão de ser.

A visão da empresa pode ser compreendida como onde a empresa quer chegar. Este ponto é importante porque irá direcionar a definição dos objetivos organizacionais.

Os valores podem ser entendidos como as diretrizes básicas da empresa, ou seja, o que norteia e motiva as ações organizacionais.

É importante destacar que a missão, visão e valores de uma empresa precisam ser definidas de forma clara, para que possa ser entendida por todos, tanto colaboradores, quanto parceiros, fornecedores, investidores e consumidores.

2. Realizar um diagnóstico estratégico

O diagnóstico estratégico é a primeira fase do planejamento estratégico, a qual verifica a real situação da organização quanto aos seus aspectos internos e externos. É no diagnóstico estratégico que temos uma visão completa do ambiente, tal como as forças, fraquezas, oportunidades e ameaças presentes.

O diagnóstico estratégico também identifica qual o impacto de questões políticas, demográficas, sociais e econômicas no negócio, além do perfil da clientela, dos concorrentes e dos fornecedores.

No ambiente externo, é possível identificar quais as oportunidades e as ameaças que atingem a organização, e como as oportunidades podem ser aproveitadas a favor da empresa e como é possível minimizar ou diminuir os impactos das ameaças no negócio.

No ambiente externo também existem variáveis que impactam o desempenho da empresa e devem ser considerados, como os fatores demográficos, econômicos, socioculturais, políticos, tecnológicos e ecológicos.
Uma das ferramentas muito comuns para a realização do diagnóstico estratégico é a Matriz SWOT ou FOFA.

 

3. Formular objetivos e estratégias

Após identificar as variáveis que influenciam o ambiente, é importante definir os objetivos organizacionais. Os objetivos são o alvo ou o ponto específico onde se deve chegar, além disso, definem o prazo e os responsáveis por cada ação idealizada.

É importante destacar que os objetivos devem expressar de forma clara o que se pretende alcançar, quais as transformações se pretendem alcançar e acima de tudo, qual o prazo para a realização deste objetivo.

Entretanto, os objetivos por si só não significam mudanças. É imprescindível que haja ações específicas e muito bem definidas para o alcance destes objetivos, formando um plano de ação bem formulado e conciso, com metas claras e possíveis de alcançar.

 

4. Escolher a Ferramenta de Análise e Estratégia

Após os três passos anteriores, a organização deve escolher a ferramenta que melhor se adapta às suas necessidades.

Como ferramentas estratégicas, podemos destacar o Modelo das Cinco Forças de Porter, a Matriz de Ansoff, a Matriz BCG e a Matriz SWOT.

A Matriz das Cinco Forças de Porter analisa as principais forças competitivas que impactam o mercado, como a rivalidade entre concorrentes, o poder de negociação dos fornecedores e dos clientes, a ameaça da entrada de novos concorrentes e a possibilidade de surgimento de produtos ou serviços substitutos. Essa ferramenta ajuda a organização a entender as pressões competitivas e a criar estratégias para tornar-se mais competitiva.

A Matriz Ansoff foca na compreensão e desenvolvimento dos objetivos de marketing, identificando oportunidades de crescimento das unidades de negócio. Ela avalia mercados e produtos, e sugere estratégias de penetração de mercado, desenvolvimento de mercados, desenvolvimento de produtos e diversificação.

A Matriz BCG, por sua vez, é útil para administrar o portfólio de produtos, além de orientar os investimentos em novos negócios e produtos.

Já a Matriz SWOT possibilita o cruzamento das informações internas e externas da organização, identificando forças, fraquezas, oportunidades e ameaças. Com isso, a empresa pode elaborar estratégias para minimizar as fraquezas e as ameaças, aproveitando suas forças e oportunidades.

Após a análise SWOT, é essencial que a empresa desenvolva um planejamento estratégico que busque melhorar as fraquezas, mitigar as ameaças e explorar ao máximo as forças e oportunidades. Esse planejamento também ajuda a identificar quais produtos e processos são mais importantes para a organização e quais apresentam desafios significativos, como altos custos de produção ou entrega, ou uma alta demanda.

O objetivo final do planejamento estratégico é criar um mapa completo da empresa, permitindo decisões mais assertivas e fundamentadas.

É importante destacar que o planejamento estratégico não é um processo complexo, mas requer o comprometimento total da organização. Uma comunicação clara dos objetivos e do processo, além de atenção constante ao ambiente, são fundamentais para a execução satisfatória de cada etapa.

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