O item 9.3 Análise crítica pela direção da ISO 9001:2015 é essencial para qualquer empresa. Ele não só promove melhoria contínua, como também possibilita a realização de ajustes estratégicos. Porém, muitos profissionais ainda têm receio de executar essa boa prática. E esse medo ocorre por diversos fatores:

• Falta de conhecimento sobre o item 9.3;
• Problemas na cultura da empresa;
• Desengajamento e falta de comprometimento da alta direção;
• E até mesmo medo de falar das falhas, não conformidades ou problemas.

Porém, é essencial superar esse receio todo e, assim, promover a análise crítica pela direção como uma ferramenta para crescimento organizacional, para melhoria da cultura e dos processos, e para aproveitar todo o potencial da ISO 9001:2015. Da mesma forma, vale ressaltam, é preciso realizar análises críticas periódicas para manter a certificação em dia, ou seja, é uma obrigação normativa!

Por esses motivos, no artigo de hoje vamos destrinchar o item 9.3 Análise crítica pela direção da ISO 9001:2015! Após compreender a norma, você verá que essa prática é muito mais fácil do que parece! 👊🏻😁 Vamos lá?

Conhecendo o item 9.3 Análise crítica pela direção da ISO 9001:2015

O item 9.3 não é tão extenso e, por si só, funciona como uma espécie de “roteiro” para nossas reuniões de análise crítica. De forma geral, ele é subdivido em 3 tópicos, sendo eles:

• 9.3.1 Generalidades
• 9.3.2 Entradas de análise crítica pela direção
• 9.3.3 Saídas de análise crítica pela direção

Em 9.3.1 Generalidades, temos a tradicional “explicação” e direcionamento do item. Aqui, temos algumas definições importantes. Primeiro, é preciso que a análise critica aconteça “a intervalos planejados”. Isso significa que temos de definir uma periodicidade para que ela aconteça.

Essa periodicidade vai depender do contexto da sua empresa, dos processos e do próprio sistema de gestão a qualidade (SGQ). Empresas com maior nível de maturidade geralmente tem análises críticas mais esparsas, podendo ser trimestrais ou até mesmo semestrais. Já empresas com contextos mais conturbados ou com pouca maturidade podem até mesmo optar por ter uma análise crítica mensal. Então, cabe a você avaliar seu contexto e decidir. 😉

9.3.2 Entradas de análise crítica pela direção – que avaliar?

Já quando falamos do item 9.3.2, estamos falando literalmente dos assuntos que vamos discutir. A norma traz uma lista de fatores a levar em consideração. Assim, ela traz uma série de entradas, ou seja, informações que temos que discutir e analisar criticamente.

Essa lista tem diversos aspectos, tais como as “oportunidades de melhoria”, as “ações provenientes de análises críticas anteriores”, as “não conformidades e ações corretivas” e até mesmo os “resultados de auditoria”.

Aqui, citei apenas alguns tópicos presentes na norma, vale a pena conferir os outros. Assim como, a lista é bastante completa, porém seu contexto pode exigir outros assuntos que não estejam contidos na norma, mas que sejam essenciais para o SGQ. Então, lembre-se de avaliar sua empresa e trazer tópicos estrategicamente importantes!

9.3.3 Saídas de análise crítica pela direção

Se no item anterior passamos pelas entradas da Análise crítica pela direção da ISO 9001:2015, agora veremos as saídas. Em 9.3.3, a norma cita 3 decisões essenciais que devem resultar de uma boa reunião de análise crítica:

• Oportunidades de melhorias;
• Mudanças no SGQ;
• Necessidade de alocação de recursos.

Mais uma vez, vale lembrar, essas não são as únicas saídas possíveis. Há uma infinidade de decisões que podem resultar deste processo, então é preciso avaliar com cuidado cada entrada e, assim, determinar as saídas. 

A norma ainda exige que as organizações retenham informação documentada das análises críticas, o que serve tanto como evidência de conformidade com a ISO 9001, quanto servirá para dar start a planos de ações, tratativas e mudanças pertinentes.

É preciso entender que as saídas são, literalmente, ações ou necessidades de ações. Mais tarde, após executadas, elas irão trazer resultados positivos para a empresa, seja tratando problemas, resolvendo não conformidades ou perseguindo oportunidades.

9.3 Análise crítica pela direção da ISO 9001:2015  – o roteiro para a melhoria da sua empresa!

Quando passamos por todos os itens do requisito 9.3, percebemos que ele é um verdadeiro roteiro do que precisa ser abordado nas análises críticas. Da mesma forma, se seguirmos corretamente este roteiro, iremos avaliar pontos vitais de nossas empresas e, assim, garantir uma gestão mais consciente e focada.

Todo esse processo começa na definição de periodicidade, que nos força a avaliar a empresa e sua estratégica constantemente. Depois, as entradas (9.3.2) ajudam a direcionar nossos olhares para fatores importantes da organização e, por fim, nos ajudar a tomar decisões (9.3.3, as saídas) que vão colocar as pessoas em movimento.

O item 9.3 Análise crítica pela direção da ISO 9001:2015 é muito mais que uma exigência normativa, ele é um GPS para toda e qualquer organização! Com ele, as empresas podem ajustar sua rota, identificar desvios no caminho e garantir que estejam seguindo na direção correta rumo aos objetivos estratégicos.

Assim como um GPS guia o motorista a evitar caminhos ineficientes, obstáculos inesperados e até mesmo rotas de maior trânsito, a análise crítica permite que a liderança tome decisões baseadas em dados concretos, otimizando os recursos e assegurando que todos os setores estejam alinhados com a visão e os objetivos da organização.

Ignorar o poder desse “GPS organizacional” é optar por navegar no escuro, arriscando-se à estagnação ou até mesmo ao fracasso!

A análise crítica pela direção não é, portanto, apenas uma ferramenta, mas uma oportunidade de ouro para transformar dados em decisões estratégicas, alinhar equipes e impulsionar a melhoria contínua. Então, seja o líder que traça o melhor caminho para o futuro da sua organização, ligue o GPS, ajuste a rota e conduza sua empresa com confiança rumo à excelência! Ou seja: foque nas análises críticas! 😉

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